quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

FNM - Janeiro 2013 - Lança Cauterizante (Searing Spear)

Um novo ano começa e outro ótimo card comum vem para a nossa coleção de FNM... Pareça até que está virando padrão para a Wizards lançar apenas cards comuns...

E vale lembrar que ele joga Standard (T2), um motivo a mais para ser desejado: LANÇA CAUTERIZANTE !!


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

GPT Rio 2013 - Saloon Jaú

Horário: 14 horas
Formato: Standard
Local: Saloon (Av. João Ferraz Neto, 534)
Inscrição: 25 reais
Vagas: 20 jogadores

Premiação: 2 boosters por inscrito para os melhores colocados, além de Bye3 para o campeão no GP Rio (em março) 


Pre-inscrição: Será informada em breve através do blog e também na nossa página do Facebook


* De acordo com o comunicado do organizador do GP Rio os campeões de todos os GPT's concorrerão a uma premiação extra de 4 caixas de booster para o campeão melhor colocado no GP.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Porque jogar um GPT e dicas de Juiz para Torneios.


Olá, tudo bem ?

Normalmente escrevo como jogador e apreciador do jogo, mas dessa vez deixo esse  Rudá de lado e passo para o Rudá Juiz.


Porque jogar um Grand Prix Trial ?





GPTs oferecem uma série de vantagens que torneios regulares não.


Um comparativo:


Torneio Regular

·         Pontuação para os Planeswalker Points x1.
·         Nível de aplicação de regra Regular

Grand Prix Trial

·         Pontuação para os Planeswalker Points x3
·         Nível de aplicação de regra Competitivo
·         BYE 3 para o GP em questão.


Analisando essas diferenças, que em uma primeira olhada são simples.


Para jogar o atual Nacional de Magic (hoje chamado de World Magic Cup Qualifier), o único meio é tendo 300 Planeswalker Points, se você faz em média  3-1 por campeonato regular, ou seja 10 pontos (1 por participação, 3 por vitória), você precisa de 30 campeonatos para conseguir a pontuação, em uma temporada de um ano, você teria que manter uma regularidade digna de Pro Player em todo o campeonato que jogasse. No multiplicador x3 do GPT isso fica mais fácil, porque além  ganhar mais pontos por participação, todo o ponto que você ganha é vezes 3, ou seja, no nosso exemplo, você faria 10% do que você precisa, em um único evento!

Fora que esses pontos acumulados podem dar também  BYE para GPs (teremos um GP no Rio de Janeiro, ano que vem). Dada a raridade desse tipo de evento no interior, é sempre bom aproveitar.

No Magic, temos alguns níveis de aplicação de torneio, de acordo com sua aplicação de regra, Casual, Regular  e Competitivo. O GPT é no nível mais alto, o Competitivo, ele tem algumas diferenças do Regular e ai vão algumas dicas para não ter problemas com isso:

  • · No evento, você precisa preencher uma decklist, nela você lista seus cards do maindeck (no mínimo 60) e do sideboard (ou 0 cartas ou 15). Para facilitar, traga ela já pronta (link para download) ou pronta para passa a limpo na lista que será entregue quando você se inscrever. Quaisquer dúvidas para preenche-la, chame o juiz, essa lista será checada pelos juízes e quaisquer erros serão punidos com Game Loss, ou seja uma perda de jogo (lembrando que você joga uma melhor de 3 jogos).
·          
  •  Na partida, cuidado ao embaralhar o deck do seu oponente, evite derrubar qualquer carta ou sem querer ver alguma enquanto embaralha.
·       
  •   Nunca, em hipótese alguma, tente oferecer algo a seu oponente pela vitória, isso abrange desde oferecer algo para ele conceder até aquele “vamos decidir no dado quem ganha ?”  Esse tipo de coisa da Desclassificação imediata do torneio, além de possível banimento pela Wizards.
·           
  •  Essa é mais especial para o nível competitivo e costuma causar alguma confusão, sempre que você tem uma carta com uma habilidade desencadeada, anuncie ela, independente dela ser opcional ou não. Por exemplo, a carta Geist de Santo Traft quando ataca, faz um anjo 4/4 com voar que entra atacando. Em outro níveis, mesmo que você esqueça de falar, a habilidade acontece, no Competitivo você precisa falar que ela está acontecendo, não necessariamente anunciar a habilidade toda, uma indicação simples como anunciar que está “batendo 6” já basta, ou então colocar algo indicando a ficha. Se você esquecer, a habilidade não acontece.
·          
  •  Marque vida com bloco de papel e caneta, é um meio mais confiável do que dados, que apresentam  risco de você esbarrar e no bloco de papel você tem registrado cada mudança de vida, o que facilita caso aconteça alguma confusão quanto aos pontos de vida.
·          
  •  Leve o número de DCI!
·          
  •  Uma dica para torneios no geral, na dúvida sempre chame o juiz, ele está lá pra isso e não tem  nenhum problema chama-lo demais se você tem dúvidas.

O BYE 3 oferecido pelo GPT serve apenas para o GP em questão, no caso o de Charlotte, nos EUA. Esse BYE não é transferível. BYE 3 Significa que você só entra na 4ª rodada e com 3 vitórias (não, byes só são acumulativos até o número 3). No geral, a premiação é dada pelo suíço e o BYE é decidido em top4 ou top8.

Os GPTs são um degrau muito bom para quem quer jogar Magic mais sério, ao invés de pular do casual e dos FNMs para os PTQs, você passa por um torneio grande, mas ainda na sua comunidade local.


Boa sorte a todos !

Até a próxima,


Rudá Andrade “Juiz Level 1”

@_Rudandrade

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

4 Dias de Magic #Nacional Legacy



Olá, tudo bem ?


No último artigo falei sobre os FFAs e de como eu e o Paulo “Skyteddy” estávamos nos preparando para o Nacional Legacy 2012, discutimos algumas listas e resolvi usar a mesma lista do FFA, só com a mudança de -1 Grimório Silvestre e +1 Snapcaster no maindeck e -1 Ancient Grudge e -1 Crypta por +1 Pyroblast e +1 Submerge. O que motivou essas mudanças, snap me pareceu uma opção mais agressiva que grimório e a opção de uma 5ª stifle ou mais burns, me agradava (no final das contas, grimório é melhor mesmo). No side, eu esperava mais UW Miracles no Nacional Legacy do que nos FFAs, por ser um deck mais difícil de pilotar, dai a adição de pyroblast, o submerge a mais é contra mirrors e mavericks, e não esperava tantos graves decks. Surgical é bom contra Miracles, por isso mantive, em detrimento de Cripta.

Passada a noite mal dormida que costuma anteceder grandes campeonatos, chegamos cedo ao local do evento (seja por ansiedade, seja pela promoção de que os 100 primeiros inscritos ganhariam camisetas do evento).  Para quem não está acostumado, os grandes eventos no Brasil sempre tem um belo atraso, fiquei positivamente surpreendido com a liberação das rodadas próximo as 10h, como previsto.




1º Rodada  - GW Maverick

Vejo que minha mesa é a 21 e comento com um colega que meu oponente se chama Gabriel Casas, nessa hora fico sabendo que ele é o atual campeão do torneio. Chego na mesa e não encontro meu oponente, depois de esperar alguns minutos, pergunto ao juiz se a mesa 21 estava no Feature Match e...é isso ai, bora pra câmera.


Sobre o match contra maverick, é relativamente simples para eles ganharem de rug, faça relicário e pós-side proteja-o de um submerge. A chance do RUG ganhar é quebrando a base de mana do adversário, como que dando múltiplos “time walks”.

Side:

Play
+4 Submerge +2 Rough/Trumble  - 4 FoW  - 2 spell pierce

Draw

+4 Submerge +2 Rough/Trumble -4 FoW -2 Stifle  

0 - 1


2º Rodada – GW Maverick


Ah, pois é....outro.


1º Game

Começo no play e abro de mana, delver. Meu oponente tenta hierarch, que toma daze. Delver flipa e volto de mana aberta pra stifle, meu oponente, faz waste e Ooze, que toma dismember no passe. Dou waste na waste dele e ele não volta mais.

Um detalhe interessante, quando tenho dois  terrenos na mesa (uma vulcanic e uma tropical), meu oponente tenta dar wasteland na tropical, eu em resposta adiciono duas manas e uso raio no meu oponente e um daze(que volta a tropical e não anula o raio, graças a mana extra).

Antes de começar o game 2, meu oponente é chamado pelo juiz porque listou apenas 14 cartas no side, game loss.

1 -1  


3º Rodada – GW Maverick



karmas da vida...


1º Game

Ele abre de floresta e noble. Faço delver e passo, tomo path no delver e uma caverna pra thalia. Volto com land e mangusto, e na volta tomo wastland . Zico e apanho até a parte para a Maria do Bairro.

2º Game

Parecido com o primeiro, Thalia me atrasa com força e quando conseigo remove-la, tomo outro acompanhada de um ooze. Morro com um Rough na mão e dois lands na mesa

1-2


4º Rodada – Dredge

Desanimado pelo 1-2 e as chances quase nulas de top8, mas tamos ai pra esse tal de Legacy. Essa rodada foi interessante porque eu já conhecia meu oponente, desde quinta-feira ele estava tentando a todo custo a vaga no FFA, era o tipo de jogador pelo qual você acabava torcendo, porque ele estava na situação que ninguém que joga FFA quer. Quando sai da Domain, na sexta a tarde, ele tinha acabado de ganhar a semi do último FFA e iria jogar pela última vaga, fiquei muito feliz com seu resultado, ainda mais por ter jogado tantos classificatórios.

Comprimentos a parte...

1º Game

Mantenho uma mão que me parecia forte contra dredge, ainda mais por eu estar no draw, meu plano era anular o que ele jogasse para começar o “combo” e depois rushar com o delver, fora que tinha uma waste para atraza-lo. Se ele fizesse o plano manaless, oh vida, o azar.

Ele abre de Cidade de Bronze e looting, que toma FoW. Volto de waste e ele não faz terreno.



Com ele mais lento, entro com delver, que flipa e começa a aproveitar a vantagem dele não achar terreno nos outros 2 turnos. Ele começa a fazer dredgers, mas o delver ganha dois mangusto como companhia que rapidinho acabam com a conversa.

Side:

+2 Rough/ Trumble +1 Surgical -3 Stifle

 Game

O plano é parecido com o do game 1, mas agora tem surgical, que pode ser potencializada pelo snapcaster.
Meu oponente começa com Cidade de Bronze, Diabrete e passa o Turno. Eufaço, mana, Delver e passo, no fim do meu turno ele faz troll, que toma surgical.

Ele compra e discarta outro dredger, eu começo a atacar com meu Delver flipado, no dredge ele não revela nada. E isso se repete por mais turnos, até que ele tomba 1 Narcoameba e 1 Ponte. Na mesa eu tenho 1 Delver e 2 mangustos, a um card de ativar o limiar, e na mão, 1 rough.

Resolvo arriscar, solto o rough, para ativar meus mangustos (que ficam com 2 de dano, mas fica vivos, graças ao limiar) e ataco, na esperança que meu oponente bloqueie um mangusto e perca a ponte. Ele faz exatamente isso e um turno depois mato ele com Delver + Raio.

2-2

Dredge é um dos decks mais curiosos do Legacy. Ele consegue agir como um agroo beatdown ou um combo, conforme lhe seja conveniente. Sua habilidade de poder jogar quase ignorando counters e usar cabal therapy, o faz um dos decks mais fortes do Legacy. Mas além de exigir extrema habilidade do piloto, perde para um ambiente onde todos esperam por ele.

A melhor tech contra dredge não é grave hate, é ganhar o primeiro jogo. No geral, o dredge ganha o game 1, ai perde o game 2, por grave hate. E no game 3 sideia em cima desse grave hate, o que faz o 3 o game mais justo de todos. Se você ganha o Game 1, você deforma essa estratégia e tem o fator surpresa a seu favor (nessa rodada, meu oponente tinha sideado natures claim contra possíveis criptas minhas, ou seja, tinha 3 cartas mortas no deck, graças a falta de informação correta).

5º Rodada – UR Delver

1º Game

Meu oponente que começa, ao estourar uma fetch, para Vulcanic Island e Ponder, desconfiei de um mirror. Mas após ver ele encher a mesa de terrenos, inclusive básicos, começo a rever essa idéia. Ele mata meus delver, mas consigo, após uma “counterwar”, deixar um Tarmogoyf na mesa, ele bate até a morte, só no final encontrando resistência nas formas de 1 Snapcaster 1 Goblin Guide.

Side:

+3 Pyroblast +1 Surgical -4 FoW

2º Game

Mantenho uma mão mais control, pensando em fazer mangusto e goyfs mais pra frente, quando eles fossem grande demais para o meu oponente. Ele abre forte, com Guide me punindo, quando consigo me livrar do primeiro, vem o segundo, que com Preço do Progresso (anulado), vai me apertando na partida. Quando finalmente acho mangusto, tenho pouca vida e quaisquer sequências de burns me matariam. Em duas ou tr~es compras, ele acha alguns raios e eu perco.

3º Game

Mangusto entra cedo no jogo, e com a counterwar habitual, cresce rápido, me deixando tranquilo para ignorar suas criaturas. Quando controlo o jogo, começo a punir de goyf e mangusto, em poucos turnos ele concede.

Esse match é particularmente fácil para o RUG, apesar dele ter mais burns do que eu, e trazer de side cartas como submerge e red e blue elemental blast, minhas criaturas, com exceção do Delver são maiores que a dele e no caso do mangusto, impossíveis de tirar da mesa. Parece pouco, mas isso resolve facilmente a partida.

3-2

6ª Rodada – RUG Delver

Cheguei a comentar no report do FFA (aqui) sobre o mirror de RUG, é uma partida bem difícil, principalmente pós side, quando entram cards como submerge e pyroblast.

1ª Game

Ele começa com mana ponder, eu faço delver e começo a bater. Juntamente com o clock do delver tento controlar o jogo com burns e wastelands, meu oponente vai segurando os burns com counters e vai comprando vários terrenos, o que ajuda contra as wastes. Ap[ós leva-lo a 5 de vida, ele mata meu delver e começa a destruir meus terrenos, quando finalmente  me trava, faz goyf e delver, que selam o jogo
Side:

-4 Fow -2 Pierce -1 snapcaster +4 Submerge + 3 Pyroblast

2º Game

Começo com delver, ele começa com waste e passa. Meu delver flipa para daze, eu faço land e bato. Ele volta com terreno e delver, que toma daze. Faço terreno e volto a bater com delver, ele volta com waste no meu land, que toma stifle, que toma daze.
Não compro mais terrenos, mesmo usando brainstorm, após alguns turnos ele controla o jogo, e eu perco

3-3


Como eu não tinha mais chances de top16 e o Paulo já tinha dropado, existia uma pequena pressão (vulgo, “ perde logo!”) para irmos logo embora, dropei e bora pensar no 5k.

No próximo artigo, report do 5k e conclusão.

Até a próxima,

Vlws


Rudá Andrade


@_Rudandrade