quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Com que deck eu vou ? #Standard


Olá, tudo bem ?



Ano novo, novos planos ,  etc, etc,etc, clichês de “Hoje, é um novo dia, de um novo tempo, que começou...”.





Só pra fixar mais um pouco na cabeça :D


O mundo não acabou,  meu timão ganhou o Mundial (para alguns, isso é o fim do mundo) e 2013 começa com muita coisa boa relacionada ao Magic na região, logo, estou aqui para escrever para vocês.


O Saloon começa o ano com o Grand Prix Trial Pittsburgh dia 5 de janeiro e no dia 19, o GPT para o maior evento do magic no Brasil, o GP Rio. Isso só para falar de janeiro, porque em fevereiro ainda temos Grand Prix Trial San Diego. Todos esse eventos serão no formato Standard, então se você está em duvida se fecha aquele deck T2 agora ou espera Gatencrash, bom, agora é a hora certa!.





( Não sabe o que é um Grand Prix Trial ? Clique AQUI)


Para quem não está familiarizado com o T2, ou está em dúvida de qual deck escolher, aqui vão algumas opções do que tem de melhor no formato.


CONTROL
Pra turma dos Thragtusk, Supremo Veredictos e Planeswalkers.


Não sei se você notou, mas nessa brincadeira que fiz com staples de control eu meio que já resumi um deck, o Bant Control.






































Com essa lista Reid Duke ganhou o Invitational da Starcity, um importante campeonato dos Estados Unidos. O plano do deck é simples, sobreviver. Você faz  uma criatura e ganha vida, bloqueia as do seu oponente, ganha mais vida com Revelação da Esfinge, limpa a mesa com Veredito, ganha mais vida, faz bicho, bate um pouco, ganha mais vida, faz Jace para controlar a mesa, ganha mais vida...E por ai vai, o deck é ideal para jogar em um ambiente com vários decks de criatura, típico deck chato de enfrentar, mas que ganha muita coisa.

Ele tem problemas contra outros decks com uma temática mais de controle, dai a adição de Nephalia. O Bant ascendeu  no momento mais agressivo do standard, além de que, graças ao bom late game, ser uma resposta razoável contra decks midranges sem Revelação da Esfinge.

Por essas caraterísticas únicas, é o control que melhor sobrevive nessa selva que está o T2.


MIDRANGE
Pra  quem curte Huntmaster, Bonfire, Ultimate Price e muitas shocklands.


Pra quem ainda não conhece esse tipo de deck, midranges são deck que, basicamente, misturam cartas dos decks control e agroo, podendo assumir as duas posturas. Ao mesmo tempo que usa cartas como Fogueira dos Humildes, eles também usam Thundermaw Hellkite. 

Huntmaster of the Fells é um ótimo símbolo desse tipo de deck, enquanto em um primeiro momento ele tem uma postura control (ganha vida e faz bloqueador), logo ele tem a capacidade de se transformar em um incrível 4/4 com atropelar que pode agredir até o fim, sua maleabilidade o faz carta-chave em decks midrange


NAYA

































Um bom resumo do Naya ? Chegue na 4ª fonte de mana e depois jogue bombas todo turno. O deck tem ótimas respostas contra decks agressivos, ganha vida com suas criaturas e tem burns para bichos pequenos. Contra controls, ele se aproveita do tamanho de suas criaturas, para jogar como um beatdown.

Anjo da Restauração é uma das justificativas do uso de branco no deck, ele te da mais velocidade, podendo ser jogado no turno do oponente, o que te da mais dinamismo e atrapalha na tomada de decisões do oponente, fora que, como você deve ter notado, a maioria das criaturas do deck tem efeitos quando entram em jogo, logo, nosso anjo é uma carta coringa.

O branco ainda nos dá Anjo da Serenidade, que garante um late game para o deck, Amuleto Selesnya, que é o melhor amuleto (até agora), sendo um “canivete-suiço” que serve para todas as horas, e Loxodon Smiter no side, que é o inferno para qualquer deck que use anulas.


JUND































Ah, o jund. Foi rei no T2 de Alara e hoje reina no Modern (assunto para o próximo artigo). Com base de mana apropriada, era questão de tempo para surgirem listas do deck, ele já teve versões mais agressivas e mais lentas, a atual é um meio termo agradável, que vai bem em um ambiente de midranges.

Preto adiciona opções ótimas para combater outros deck que tenham a mesma velocidade, Deathrite Shaman é um drop 1 sensacional e faz com que desde o começo, o Jund comece a ter pequenas vantagens. Server the Bloodline segura a possibilidade de múltiplas cópias e Ultimate Price é a remoção instante que tanto faz falta ultimamente (RIP Doom Blade). Olivia Voldaren, ah a Olivia, essa vampira atua quase como os antigos Titãs do T2, se não for removida a tempo, leva um jogo sozinha, podendo matar criaturas pequenas e tomar para o seu lado, bombas alheias. No side ainda temos Duress, que é assustadoramente forte atualmente (Apetite por Cérebros tem o problema de não pegar Revelação da Esfinge) e Jogos Mortais, que simplesmente se livra daquela carta chata, como Revelação da Esfinge, que tanto ganha de Jund.


URW (American Midrange)


Eu já escrevi sobre esse deck AQUI.



































Esse arquétipo ganhou o 50k da TCG Player. A idéia continua a mesma, você abre caminho para o Geist e tem Thundermaw como finisher.Felling of Dread e Azorius Charm trabalham a favor desse plano e os burns além de limparem caminho, ajudam no clock.

O URW Midrange é uma escolha agressiva no metagame, porque você normalmente procura partir pra cima, mesmo contra decks, em tese, mais agressivos que você.



URW Flash


Ok,  chamar o Flash de midrange é algo bem polêmico (MAMILOS!), a habilidade  de poder praticamente só jogar no turno do adversário é bem mais tempo do que midrange, mas a espera de uma análise mais detalhada (seja do deck, seja do que é o arquétipo "tempo"), fica por aqui mesmo.



































Quando falei sobre o Naya, comentei sobre o quão bom era o Anjo da Restauração por te dar a opção de jogar no turno do oponente, sempre te dando a vantagem estratégica de esconder seu jogo. Agora imagine que boa parte do seu deck é assim. Pois é, o deck compensa a falta de bombas com uma estratégia muito forte (Fadas que o diga!) e é um dos deck mais difíceis de pilotar do atual T2.

Originalmente esse deck era apenas UW, mas com o crescimento dos arquétipos com criaturas pequenas, se fez necessário a adição de vermelho para Pillar e Lança, fora Staticaster de side, que é sensacional. A grande diferença desse deck para sua versão 100% midrange é no plano de jogo, enquanto o American Midrange tem uma proposta mais agressiva e de certa forma até linear, o Flash manipula o tempo de jogo, podendo acelera-lo (usando pike e Revelação)) ou desacelera-lo (counters e burns), conforme lhe seja conveniente.



AGROO
Rancor, Thundermaw e muito, mas muito, “sangue-nos-zóio”



GW































Esse foi um dos primeiros agroos deck de sucesso no novo Standard, a combinação Loxodonte + Rancor emparelhado com Paladino é mortal e ganha muito jogo com uma facilidade assustadora, o deck ficou em baixa a partir do momento que o ambiente resolveu usar vermelho para controlar, Bonfire e Pillar são cards complicados, mas contornáveis.
O deck tem duas versões, uma mais lenta, com Sublime Arcanjo, e uma mais rápida, com Thalias, Geists e Ulvenwald Tracker.



BR Zompire



























Criação do grinder brasileiro no mol, _Batutinha_, o br tem uma das curvas mais agressivas do T2. Ao contrário do pensamento geral, de que agroos perdem gás, o deck surpreende por começar forte, com várias cartas de poder forte e custo baixo e continuar batendo, com Falkenrath, Hellrider e Thundermaw, sendo essas também cartas chave para passar por cima de Thragtusks.

Um dos pontos fortes do deck é sua sinergia com a Aristocrata Falkenrath, Mensageiro de Geralf e Gravecrawler ajudam a pressão ser constante, fugindo de remoções. Na verdade, com essa tática, poucas cartas atualmente tiram a vampira de combate, Esfera de Detenção e Escorregão Trágico são um dos poucos exemplos disso.


Red Deck Wins
























Síntese da filosofia agressiva do magic, o RDW anda com sorte, nos últimos anos saem cada vez mais versões fortes desse deck, e mesmo em um ambiente onde todo mundo ganha vida, o deck bate cada vez mais forte e continua perigoso.

Thundermaw e Hellrider novamente são os culpados por essa força, mantendo em constante pressão o adversário. Mas vale ressaltar que existe outro culpado, o aparentemente, sem importância 1/1 Pyreheart. Esse lobinho faz o inferno contra decks lentos, graças a ele, o deck quase que ignora uma mesa defensora com poucos bloqueadores . Seu oponente fez um Thragtusk ? Legal, ganha vida, e reza para ficar vivo na minha volta de Hellrider, Lobo e outras criaturas!


Naya Humans




































Lista que fez bom resultado no StarCityGames  Invitational, O deck é meio que uma continuação do Naya agroo do T2 da temporada passada.

A estratégia é simples, encha a mesa e bata sem dó, sua criaturas ficam mais fortes uma com as outras e graças aos Lobisomens, o naya humans puni decks como o flash, que não gostam de jogar no próprio turno.

É uma aposta agressiva, mas ao mesmo tempo mais consistente. 



COMBO
C-C-C-C-OMBO BREACKER!!!!!!  ON YOUR FACE!!!!


Todos esses combos do T2 atual tem algo em comum, não são rápidos, mas tem a vantagem de conseguirem jogar fora do combo, o que dificulta a vida do oponente, é engraçado ver a frustração do adversário quando, por exemplo, o Reanimator ao invés de jogar tudo para o cemitério, começa a jogar como um midrange de qualidade, tudo isso para ignorar aquele Rest in Peace que viria do side. A versatilidade desses decks, usando o side, é uma de suas maiores forças.


Omnidoor




O deck nasceu como mais uma das idéias mirabolantes do americano Travis Woo, famoso por gostar de deck diferentes, como o Living End e Epic Experiment. De uma brincadeira o deck se tornou uma ameaça real e já foi usado inclusive pelo campeão do Pro Tour Berlim, Luis Scott Vargas.

O plano é simples, você ganha tempo com cartas como Fog e Supremo Veredito e vai rampando, agilizando suas fontes de mana. Faz Omniscience, e joga o deck todo na cara do oponente. Simples xD

Com a baixa no número de anulas, graças ao grande número de Cavernas das Almas no ambiente, o Omnidoor ganhou força e pode surpreender muita gente.  


Humanimator































Lembra quando falei sobre um plano fora do combo ? Esse deck tem um dos mais interessantes, cartas como Huntmaster e o mini-combo Nightshade + Staticaster garantem que o deck consiga tranquilamente jogar sem usar o cemitério, mas sempre que se sentir seguro para isso, ele joga todas as suas criaturas para o cemitério e as traz todas de uma só vez com o Angel of Glory’s Rise, que junto com Goldnight Commander, faz várias criaturas com um poder incrível, que com ímpeto (no caso de staticaster e do alvo do Zealous), matam o oponente em um único ataque.

Esse arquétipo ganhou um GP no Japão e usa as Cavernas das Almas não apenas como proteção contra anulas, mas também como fonte multicolorida para os Humanos.


OPÇÃO BUDGET
Gaste pouco em um bom deck.


Budget são os decks que são baratos, mas ao mesmo tempo podem ser usados em um ambiente competitivo. A opção budget do T2 atual é o BG Agroo.
































Desenhado por Brian Kibler para o SCG Invitational, esse deck tem combinações muito fortes. Ulvenwald Tracker + Ooze é uma remoção fortíssima, que ganha boa parte dos jogos contra decks agroos, se você observar bem o deck, várias criaturas tem sinergia com esse 1/1 matador.

Confesso que sou grande fã dessa lista, que vem fazendo sucesso no MOL com várias vitórias em Daily Events, Premiers e um segundo lugar no MOCS (Magic Online Championship, principal evento do Magic Online), cartas como Garruk Rentless, Deathrite Shaman e Geist são incrivelmente poderosas e fico feliz que acharam um lar.

As cartas mais caras do deck são os Planeswalkers e as shock lands, ou seja, cartas que podem ser aproveitadas depois, então você que não quer gastar muito e ter um deck forte, essa é a opção.


Bom, esse foi meu resumo do T2 atual, e espero que ajude vocês a se prepararem para os grandes eventos desse começo de ano.


Boa sorte a todos,


Até a próxima!


Rudá Andrade


@_Rudandrade 

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