Olá, tudo bem ?
Julho é um belo mês para jogar Magic, se olharmos com calma terá
um ou outro GPT (principalmente se você morar em São Paulo),algumas Ligas
locais,o Pré-Release de M13,alguns LQs
(ainda crio vergonha e vou jogar um) e o GP São Paulo. Depois de uma leva de grandes eventos
Standard, o formato meio que entra em recesso (até porque, a temida rotação se
aproxima).
Pra mim que sou jogador normalmente do T2, ficou um mês para
descanso, ver meu timão jogando, pensar
em jogar outros formatos interessantes e teorizar sobre o jogo.
Seguindo essa última linha, vendo uma série de comentários
sobre as novas cartas de M13, e tendo em mente que no T2 em breve estaremos na
época de ápice, quando temos 8 edições sendo válidas, resolvi escrever sobre os Rogues, esse tipo de
deck ás vezes marginalizado, ás vezes supervalorizado.
O que é o Rogue ?
O deck rogue seria aquele deck novo, que ninguém espera, em
geral feito para bater os principais decks do ambiente.
Um exemplo para melhor compreensão, no começo do ano Conley
Woods ganhou um GP jogando com uma lista própria de BGr Ramp. O deck era uma
versão do já conhecido RG Ramp com o
acréscimo da cor preta para um melhor match contra o já poderoso UW Delver.
Conley é um conhecido rogue player e normalmente joga com decks nada
convencionais.
Em terras tupiniquins o exemplo mais recente foi a vitória
de um Open da Lets por Roberto “Gigante” Edo Jr pilotando um UG Infect. O deck
era completamente inesperado e em grande parte desconhecido.
Por que jogar de Rogue ?
Sabe äquela hora logo
que começa a partida que você vai procurando os primeiros sinais para saber
qual o deck do seu oponente (lands, criaturas, etc) e a partir disso vai
traçando seu plano de jogo ? Então imagina que mesmo com isso você não consegue
concluir nada e terá que ver todo o game 1 para saber qual a idéia do deck que
nesse momento está te derrotando.
Bom, essa situação é uma das grandes vantagens de jogar com
um deck que ninguém conhece. Seu oponente vai esperar de tudo, o que te ajuda bastante.
Em tópicos, as vantagens de jogar com decks “desconhecidos”
·
Ninguém conhece sua decklist . Isso te ajuda
tanto no game 1, quanto na hora de sidear, já que seu oponente não sabe o que
você tem de side e por não saber nem ao menos seu main, fica mais complicado
para ele sidear.
·
Seu deck está preparado para os outros decks, os
outros decks não estão preparados para seu deck.
Como fazer um rogue ?
Para fazer um novo deck, a primeira coisa que você precisa é
de uma idéia. Uma pausa, aqui já temos a primeira dificuldade.
A maioria das pessoas quando querem um novo deck cria ele
meio que “no vazio”, o que significa que pensam o deck sem levar em
consideração metagame ou qualquer coisa, isso é bem complicado caso você queira
chegar a um campeonato e ganhar algo.
Acho que a melhor dica que já ouvi sobre criação de
arquétipos é “pense em cards que são o ponto fraco do metagame”, ou seja, cards
que sozinhos podem facilitar em muito suas partidas contra determinados decks.
Esfinge Consagrada e Hero of Bladehold são exemplos de cartas que podem só de
entrar na mesa já complicar as coisas (no caso, para RG decks).
Lembra aqueles exemplos de decks que ganharam campeonatos
importantes ? Então, eles tinham também
essa idéia, no deck do Conley Woods tínhamos Grave Titan (que não sofre tanto
para vapors quanto os outros titãs, logo joga melhor contra delver), Black
Sun’s Zenith (3 manas e adeus fichinhas 1/1 voar) e Curse of the Death’s Hold
(adeus fichinhas 1/1 voar, permanentemente), o deck era pensado para ganhar do
principal da época (UW delver) .
Para recolher essa informação preciosa, nada melhor do que
jogar com os principais decks do ambiente. Sério, muita gente ignora isso, mas jogar
bastante com os principais decks é a melhor maneira de conhecer o ambiente,
seja em softwares (mws e mol), ou irl, é de grande importância testar muito os
tiers (na verdade isso é importante até se você não for com algum deck novo).
Bom, após testar os melhores decks do formato, saber suas
fraquezas e preparar sua inovadora lista, é hora de. ..testar mais. E depois
testar mais, e mais, e mais...
No final, mesmo que você nunca jogue com esse deck, todo o
processo acaba sendo um grande aprendizado . Sempre que saem edições novas é um
bom exercício tentar criar decks em cima das novidades, você sempre acaba descobrindo cards novo e sua utilidades , e
vai criando esse acervo de novas techs para aquele momento em que o ambiente
está travado e “seria muito bom uma carta que fizesse tal coisa..oh wait!”.
Até a próxima,
Vlws.
Rudá Andrade
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