Olá, tudo bem ?
Ano passado o Magic passou por uma série de profundas
mudanças na estrutura dos principais torneios competitivos, para quem não se
lembra, foram anunciadas o fim do Mundial e do Nacional como conhecíamos, e um
possível aumento no número de GPs, para não falar nos Planeswalkers Points.
No lugar de Regionais, Nacional e Mundial, ganhamos o World
Magic Cup Qualify e o World Magic Cup, nessas primeiras mudanças já era
possível notar várias pessoas descontentes, os WMCQ acabaram sendo eventos
grudados a PTQs e com públicos muito parecidos, acabou-se o “glamour” que o
campeonato nacional tinha, em especial
para o campeão. Quanto ao grande evento mundial, ficou interessante a fórmula
de uma competição só por equipes, trazendo mais holofotes para esse modo de
disputa que já existia no extinto Mundial, mas que perdia destaque para o
evento individual.
Ok Rudá, mas porque você está fazendo esse texto com cara de
retrospectiva de fim de ano ?
Porque a última parte desse ciclo nos foi apresentada entre
os últimos dias 29 e 31 de agosto, o Magic Players Championship.
Quando o Mundial foi substituído pela Copa do Mundo, ficou a
carência da figura do campeão mundial, que querendo ou não, não consegue ser suprida pela dos campeões dos
Pro Tours, e essa carência não é só dos fãs, mas também do próprio marketing da Wizards . Isso e a ausência do Jogador do Ano, são tremendas faltas nessa reformulação toda, então o que a WotC faz para compensar ? Um super
evento, com os 16 melhores jogadores do mundo, uma baita premiação e uma
cobertura feita para que o público não perca nenhum detalhe de cada partida, ou
seja, um espetáculo publicitário onde em uma tacada só eles fazem o Jogador do
Ano e a “figura” do campeão mundial.
De certa forma, eles conseguiram o que queriam, o MTGPC foi
incrível, com uma série de partidas que davam gosto de ver. A escolha dos
formatos foi bem interessante, alternância entre limited e constructed já é
algo comum, mas a escolha de cube draft e modern realmente me
impressionaram. Por mais popular que o
cube seja, ele foge do “lugar-comum” de você só draftar a edição lançada (como foi o caso de M13), é um certo agrado ao gosto dos jogadores.
Quanto ao modern, é um formato que só cresce (com muita ajuda da wizards, eu
sei), e se eles realmente fixarem o MTGPC no final de cada temporada T2, vem a
calhar um formato diferente, então gostei da escolha.
*Pro Tours, GPs, MTGPC, volta das Shock lands, cada vez mais sinto a wizards impondo o formato modern. Ainda não sei se em contraponto direto ao legacy, mas já é alguma pressão.*
*Pro Tours, GPs, MTGPC, volta das Shock lands, cada vez mais sinto a wizards impondo o formato modern. Ainda não sei se em contraponto direto ao legacy, mas já é alguma pressão.*
Com esse ciclo no final, o que podemos concluir?
Com a saída dos Regionais, diminuíram drasticamente os torneios oficiais, fora o fim de uma
“temporada” de torneios, fiquei muito feliz que a deixa para os organizadores
independentes foi captada por esses e tivemos uma leva de torneios com boas
premiações (7k, 4k, etc). Essa “terceirização” da WotC acaba sendo benéfica no
Brasil, que ainda pode crescer bem mais em termos de torneios, na verdade,
imagino que hoje em dia a melhor maneira de organizar algo parecido com os
antigos regionais seja no formato que o Circuito Ligamagic (em menor escala) e
o Nacional Legacy (em maior escala) tem usado, um organizador central , mas que
não faz uma relação de dependência tão forte com o organizador do evento menor.
Vemos isso de maneira perfeita nos EUA, com o já conhecido StarCityGames, que
como organizador independente faz uma série de torneios atrativos a todos os
níveis de jogadores.
Após essas mudanças todas, nosso cenário atual de torneios é
composto, na parte oficial, por Pré- Release, FNM, WCMQ, Copa do Mundo, Grand
Prix, GPT, PTQ ,Pro Tour e MTGPC, sendo os dois primeiros eventos menores
voltados aos jogadores mais casuais e o GPT mais um evento independente com
apoio do que um evento da WotC. E na parte “não-oficial”, por eventos premier
(4k,7k, etc), Circuitos Independentes e torneios regulares.
Se essas medidas visavam um maior incentivo ao organizador
independente, parabéns Wizards, foi um sucesso, “nunca antes na história desse
país” tivemos tantos torneios com boas premiações, fora ganharmos em um fim um GP, o preço pago foi um Pro Tour
a menos (ou seja, menos ptqs), e o fim de um torneio que era uma dos melhores
maneiras de ascender ao circuito profissional, o Nacional. Após esse primeiro
ano de mudanças será possível ver o quanto acertado foram essas medidas.
Até a próxima,
Vlws
Rudá Andrade
@_Rudandrade
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