segunda-feira, 29 de abril de 2013

Analisando Dragon's Maze - Parte 1


Olá, tudo bem ?


Dragon’s Maze é uma edição complicada, para começar que é a última edição do segundo bloco do T2, logo não terá tanto impacto nos primeiros meses, mas ao mesmo tempo ela fará parte da base do Standard a partir de Outubro. Isso, e a falta de cartas obviamente boas, complicam sua análise, e vou confessar que adoro isso, o formato fica cheio de pequenas “armadilhas”.

Vamos as cartas, que eu destaquei, lembrando que essa análise foca o formato Standard(T2).


Branco


Renunciar as Guildas



Uma das cartas que mais gostei da edição, pela sua versatilidade. O fato de ser uma instant branca já aproxima a carta dos Flash decks, que têm vários problemas com Huntmaster, Falkenrath, Loxodonte, Obzdat, Geist...ou seja, com cartas que estão na mira de Renunciar as Guildas, o que transfere algumas cópias dessa carta com cara de side para o main, pelo menos 1-off. Por ela só afetar multicoloridas, fica mais difícil jogar em volta do efeito de édito, porque nem sempre o deck tem um bom número de permanentes para servir de “boi-de-piranha”.

Falando em permanentes, uma carta que ainda te da a capacidade de remover, Sorin, Ral Zarek e Detention Sphere só pode ser bom.

“Mas po Rudá, o efeito é em cada jogador!”

Sim, é uma das maiores restrições do card, por exemplo, você controlar Esfera da Detenção é um grande empecilho para o uso de Renunciar, já que esperasse que ela fique lá até o fim do jogo, nesse caso específico substituir por Anel do Esquecimento seria uma alternativa.


Controle de Tumulto


O T2 é extremamente agressivo, RG agroo me parece a síntese do formato, turno 1 alguma criatura, que pode ou não ter grande relevância durante a partida, e turno 2 com Emissário definindo o quão grande é sua vantagem na mesa, podendo ser normal ( 1 emissário) , forte (múltiplos emissários e/ou algum outro drop 2) ou definitiva (um número absurdo de emissários + drop 2 e tudo isso interagindo com o drop1).

Ou seja, temos criaturas com um power level muito absurdo, logo, ter mágicas que façam mais do que o “feijão-com-arroz” é o único jeito de manter algum arquétipo controle vivo. Controle de Tumulto vem com essa proposta, porque turno 3 você pode segurar um rush e deixar sua vida acima dos 10 pontos, algo crucial para ter segurança em um veredito turno 4 e assim começar a virar o jogo. Um veredito sem esse “back up” pode algumas vezes ser o que o agroo precisa para vencer, já que pode voltar com alguma grande ameaça no seu turno, devido ao oponente estar full tapped.


Azul


Eterídeo



Mais um da família do Morfolídeo e cards hiper versáteis, Eterídeo praticamente grita que vem para ser finisher de deck control, assim como Grave Titan. No T2 ele se juntaria ao grupo da Aurélia e do Obzedat, mas enquanto Aurélia só mostra sua real força quando tem mais algumas criaturas para ajuda-la e o custo de Obzdat é restritivo, Eterídeo pode sozinho resolver um jogo e é de certa forma “splashavel”, já que só entra  no fim do jogo.

A habilidade de exilar o Eterídeo é extremamente relevante atualmente, com isso ele foge das principais remoções (lembrando que regenerar, por exemplo, não funcionaria, já que Putrify está de volta), incluindo azorius charm.

A vida dos hard controls não está fácil, mas Eterídeo é uma luz no fim-do-túnel.


Indícios Desvendados



Eu gostei muito dessa carta, te da uma qualidade de draw muito boa, uma pena ser feitiço, porque no mirror de controle isso não caba sendo tão pesado já que voc~e pode ir moldando sua mão no começo, mas contra agroos, ele já ter a certeza que você tem o sweeper complica bastante.
Boa carta e é comum, para delírios dos post do pauper.


Preto


Escrivão Sangrento



Em um primeiro momento eu gostei muito da carta e achei ela um belo drop 2 pro zombies, só que não.
Na maioria das vezes em que eu fiz ele, preferia um Artista de Sangue ou mesmo um cavaleiro da Infâmia, porque queria ou preparar alguma sinergia com Falkenrath, ou apoio no ataque, até mesmo me aproveitar de alguma proteção. Pensando assim, Escrivão seria um falso drop2, entrando só mais pra frente, o problema é que mais pra frente eu quero hellrider, Thudermaw ou Falkenrath, e não uma 2/1 difícil de proteger que pode me dar as vezes 2 Gravecrawlers. Em resumo, eu quero mais impacto na mesa, se for para me ajudar com draw, eu quero essa vantagem o jogo todo, e o condicional da habilidade do Escrivão nem sempre ajuda nessa estratégia.

Boa carta, mas ainda não tenho certeza sobre uma casa para ele.


Vermelho

Xamã Pirófago




Sou muito fã da mecânica bloodrush, dar a alternativa para um deck agroo de ter combat tricks que sejam criaturas é bom demais. Mas o Xamã está bem abaixo do Rampager, que é a carta com essa mecânica que melhor joga atualmente. Mesmo assim,  uma mana por +3/+1 parece bem interessante, e por mais que 3 manas seja um custo alto, não é tão proibitivo assim para que seja impossível ficar voltando por vários e vários turnos. Na mesa, pela possibilidade de poder voltar, é um blocker considerável. Não vejo porque não testar pelo menos um em algum deck na mesma temática do naya blitz.

Verde

Chicote Celeste



O hate que todo mundo esperava ano passado para o delver, no momento ele mais assusta geists, apesar que uma criatura flash é sempre interessante, talvez aparecendo em algum RUG Flash. Mas no momento, apesar do potencial e ser relativamente forte,não vejo porque usa-la em qualquer deck.


Termino aqui a primeira parte da análise de DGM, realmente poucas cartas foram destacadas nas 5 cores já que a grande força da edição, como manda a temática do bloco, está nas multicoloridas.


Em breve a parte dois, analisando as últimas cartas e a conclusão.

Até mais,

Rudá Andrade  

terça-feira, 9 de abril de 2013

Fora de Jogo: Lições aprendidas no WMCQ e PTQ

Esta postagem era para ter sido publicada ontem, mas eu ainda tinha tantas coisas para refletir, além do fato de ainda estar com raiva, que acabei reescrevendo o conteúdo desse artigo três vezes e ainda assim eu não estava contente com o resultado.

O tema que eu gostaria de abordar originalmente acabou sendo falado em dois artigos que foram publicados hoje, o que de certa forma, me ajudou a finalizar este aqui. Eu realmente recomendo a leitura de ambos: Your Inner Monster e Breaking Through the tournament fog

Para quem não sabe, neste ultimo final de semana, dias 6 e 7 de abril foram realizados em São Paulo um WMCQ e um PTQ. Eu joguei ambos e consegui nada além de mais frustrações e dúvidas. Com um resultado de 4-4 no WMCQ e um deprimente 1-3-1 no PTQ, eu não podia dizer que estava satisfeito. Seria hipocrisia de minha parte achar que foi somente a falta de sorte que me fez ter estes resultados.

Claro, fazer uma revelação da esfinge para nove, comprando nove terrenos certamente faz você se perguntar o que diabos você fez para merecer tamanho azar, mas isso não justifica seu resultado ruim.

Porque ganhar 9 de vida e comprar 9 terrenos só pode ser bom.